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Governos Federal e Estadual fazem esforço para evitar conflito entre indígenas e fazendeiros, no Paraná

Conflito envolve área em Terra Roxa, no Oeste do Estado, próximo ao Paraguai e Mato Grosso do Sul.

Conflito envolve grupo de indígenas e fazendeiros da região. Foto: Reprodução Portal Palotina.

17/07/2024 às 09:00

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Conflitos fundiários no Oeste do Paraná. Ontem a Secretaria de Estado da Segurança Pública vai reforçar o policiamento em Terra Roxa, na divisa do Paraná com o Mato Grosso do Sul. Nos últimos dias, indígenas entraram em propriedade privada, o que gerou protestos de fazendeiros.

A fazenda fica próxima a uma área demarcada de responsabilidade da União. O Governo Federal também deslocou uma comissão que está no Mato Grosso do Sul e deve atuar nesta quarta-feira 917/07) no Paraná.

O secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, afirma que vai participar de uma reunião na cidade nesta quarta-feira para promover o diálogo entre as partes. 

“Eu tenho certeza que vamos resolver isso com muito diálogo, com muita negociação. Existe uma tensão evidente na região. A responsabilidade da área não é do Estado, mas o governador Ratinho Junior determinou um reforço no policiamento para que não tenhamos nenhum episódio de violência”, afirmou Teixeira.

O encontro deve reunir também representantes da Funai, Incra, Justiça Federal, Polícia Federal, Batalhão de Fronteira, Prefeitura de Terra Roxa, Ministério Público, sociedade civil e outros órgãos que estão debruçados na questão. 

Nesta terça-feira houve um protesto solicitando o fim da invasão da fazenda. A Polícia Militar já está trabalhando para assegurar a segurança da região.

Governo Federal

A missão conjunta dos ministérios dos Povos Indígenas (MPI) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) que vem ao Paraná classifica a situação como indígenas que lutam pelo reconhecimento de seus direitos à posse de áreas que afirmam terem pertencido a seus antepassados também foram atacados a tiros.

Segundo o Ministério dos Povo Indígenas, no início do mês, 22 famílias avá guarani que ocupam uma parcela do território já delimitado para dar lugar à futura Terra Indígena Guasu Guavirá, nas cidades de Guaíra, Altônia e Terra Roxa, próximas à fronteira com o Paraguai, se espalharam, ampliando a ocupação. De acordo com a pasta, isso aconteceu “porque a comunidade em que vivem já não comporta mais habitantes.”

“As famílias foram, então, alvo de ataques de ruralistas”, relatou o MPI, destacando que a presença de agentes da Força Nacional de Segurança Pública na região não intimidou os agressores. “Entre os feridos, um indígena foi baleado. Além da violência física sofrida pelos avá guarani, doações e entrega de alimentos foram impedidas de serem realizadas no local por ruralistas”.

Fonte: Informações da Agência Brasil e Agência Estadual de Notícias.

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