Com maior testagem, casos de HIV aumentam em Guarapuava

Nos primeiros seis meses deste ano, foram 43 registros contra 32 no mesmo período do ano passado. Alta de 34%. Os dados são do Serviço de Atendimento Especializado (SAE)

Foto: William Batista/Cultura News

04/09/2024 às 16:00

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O número de casos de HIV aumentou em Guarapuava. Nos primeiros seis meses deste ano, foram 43 registros contra 32 no mesmo período do ano passado. Alta de 34%.

Os dados são do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que atua na prevenção e faz o acompanhamento de pacientes com o vírus e atende também a comunidade em geral, que procura o local para realizar testes rápidos e gratuítos, que identificam se a pessoa tem ou não infecções sexualmente transmissíveis (IST). De acordo com o SAE, a maior parte dos casos positivados de HIV tem sido em jovens, a partir de 17 anos, e idosos.

“Dentro da prevenção, qualquer pessoa que já teve uma única relação na vida desprotegida, sem preservativo, sem outro método de prevenção, ou que esse método teve alguma falha, ela deve fazer o teste. Não só aqui como qualquer unidade de saúde hoje de Guarapuava possuí o teste rápido”, explica a coordenadora da SAE, Angela Maria de Camargo.

Segundo a coordenadora, o teste e o pós teste ficam prontos em, no máximo, trinta minutos. “Uma vez diagnosticado, já fica para o atendimento e é feito o acolhimento e todos os outros protocolos dentro do perfil que esse paciente venha estar positivo, seja sífilis, hepatite B, hepatite C, ou HIV”, conta.

A terminologia “Infecções Sexualmente Transmissíveis”, resumida pela sigla “IST”, passou a ser adotada em substituição à expressão “Doenças Sexualmente Transmissíveis”, porque destaca a possibilidade de uma pessoa transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

“As pessoas adoecem de aids ainda hoje por falta de tratamento, por desconhecer a doença ou por abandono. Nós precisamos trabalhar essa prevenção para que a gente deixe de ter a aids como problema de saúde pública. O HIV é possível tratamento e a chama “i” igual a “i”, que é o paciente indetectável se torna em seis meses intransmissível também. Então mesmo que ele tenha HIV, se fizer o tratamento, não transmite mais a doença. A medicação a gente chama de ‘tarv’, que é a terapia antirretroviral, hoje ela tem evoluído muito. Essa medicação de dois a seis meses consegue deixar o paciente indetectável.”

PREVENÇÃO

Profilaxia Pós-Exposição (PEP): “Se houve uma exposição sexual desprotegida, um rompimento do preservativo pode utilizar a medicação durante 28 dias, que é uma profilaxia pós exposição. Deve ser tomada até 72 horas após a exposição. Ela evitada soroconversão viral”, afirma Angela.

Profilaxia Pré-Exposição (PrEP): “A PrEP é uma medicação pré exposição e ela faz que haja uma proteção nas células para que o vírus não consiga ter acesso e fazer a soroconversão. Então a PREP é utilizada por quem não tem HIV. Pode ter relações sexuais desprotegidas e não adquirir HIV? Pode. Nós orientamos sempre a prevenção combinada porque existem as outras ISTs, as outras infecções sexualmente transmissíveis”, destaca a coordenadora.

SAE

O Serviço de Atendimento Especializado de Guarapuava fica na Rua Presidente Getúlio Varga, 1981, no centro. O atendimento é de segunda à sexta, sendo de as coletas de exames rápidos são realizadas apenas de segunda à quinta, das 8h às 11 e das 13h às 16h. Às sexta-feiras, são feitos os atendimentos a pacientes e serviços voltados à PrEP e PEP.

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