Desde 2019, 22 de julho, no Paraná, é o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. Nesta segunda-feira (22), Guarapuava e mais 100 cidades do estado farão, simultaneamente, uma caminhada a partir das 12h, pelo fim da violência contra a mulher. A data foi instituída no calendário oficial do Estado por meio da lei 19.873/2019, em memória à advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, que nesse mesmo dia do ano de 2018, morreu vítima de feminicídio, em Guarapuava. (resumo do caso, no final).
Neste ano, a concentração para a caminhada em Guarapuava será em frente à sede da OAB, no Parque do Lago, a partir das 11 horas. “Pedimos que utilizem camiseta branca, se possível”, enfatizou a presidente da OAB Guarapuava, Doutora Maria Cecília Saldanha.
Às 19h, haverá palestras com o tema “Vozes de Enfrentamento: como Guarapuava reduziu os números de feminiício”, no Auditório da OAB. As palestrantes serão a presidente da OAB, a Secretária da Mulher de Guarapuava, Priscila Schran Lima, a delegada Ana Carolina Hass de Miranda Castro, a soldado da Patrulha Maria da Penha, da PM, Luana Dias Schuarcz, e a pesquisadora de gênero e doutoranda em Direito, Fernanda Bugai. A entrada é de graça.
“Combater o feminicídio é possível com a união de todos, homens e mulheres. Contamos com a presença de vocês na caminhada e na roda de conversa”, destacou a presidente da OAB.
Feminicídios no PR
Todos os anos, cada feminicídio ocorrido no Paraná no ano anterior ao ato é representado por uma cruz. Em 2023, foram registrados 81 feminicídios no estado.
De acordo com o Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria de Segurança Pública do Estado, nos seis primeiros meses deste ano, já ocorreram 49 feminicídios no Paraná.
Caso Tatiane Spitzner
A advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, foi encontrada morta em 22 de julho de 2018, após uma queda do quarto andar do prédio onde morava com o marido, Luis Felipe Manvailer, no centro de Guarapuava.
Em 2021, Manvailer foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão por homicídio qualificado, por feminicídio, motivo fútil, meio cruel e asfixia, apontada em um laudo como sendo a causa da morte da advogada. O júri, que durou sete dias, entendeu também que Tatiane foi morta e jogada da sacada do prédio.
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