A violência de gênero continua a ser um problema grave em Guarapuava. Apenas neste ano, a cidade registrou 470 boletins de ocorrência sobre agressões a mulheres, de acordo com a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres. Esses números preocupantes evidenciam a urgência de expandir as ações de prevenção e apoio às vítimas.
O problema, no entanto, não se limita às estatísticas locais. Uma pesquisa recente revelou que nove em cada dez casos de agressões contra mulheres no Brasil foram presenciados por terceiros. O estudo, que analisou a violência de gênero no país, apontou que a maioria das agressões ocorre dentro de casa, tendo familiares e amigos como testemunhas. Apesar disso, muitas vítimas ainda enfrentam dificuldades para denunciar, seja por medo de represálias, dependência financeira do agressor ou falta de apoio.
A secretária de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava, Márcia Costa, destaca que, além da subnotificação dos casos, a violência contra mulheres se manifesta de diversas formas, como agressões físicas, psicológicas, sexuais e patrimoniais. “Sabemos que muitas mulheres têm medo de denunciar, pois sofrem ameaças constantes. Muitas vezes, a própria família também tem receio de intervir, devido ao risco de feminicídio e outras violências”, afirma.
Para oferecer suporte às vítimas, Guarapuava conta com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), que acolhe e orienta mulheres em situação de violência. No entanto, a secretária reforça que as denúncias devem ser feitas diretamente à Polícia Militar, pelo telefone 190. “Nosso trabalho é auxiliar essas mulheres após a denúncia, oferecendo acolhimento e encaminhamento adequado”, explica.
Além disso, a Secretaria da Mulher está promovendo uma programação especial dentro da campanha “Março Delas”, lançando cursos profissionalizantes para incentivar a autonomia econômica das mulheres. “A independência financeira é um fator determinante para que muitas mulheres consigam romper com o ciclo de violência e reconstruir suas vidas”, enfatiza Márcia Costa.
Com os números crescentes de casos, a conscientização e a mobilização social são essenciais para enfrentar o problema. Denunciar é um passo fundamental para garantir segurança e justiça às vítimas e combater a violência de gênero na sociedade.
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