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Projeto preserva e divulga a história de pessoas que ajudaram a construir Guarapuava

Um dos nomes homenageados é o de Luiz Daniel Cleve, um dinamarquês nascido em 1833, que ainda jovem veio para a América do Sul com o objetivo de ir até à Argentina. Mas a história conta que ao passar pelas terras guarapuavanas, ele se encantou pelo lugar ao ponto de desistir da continuadade da viagem.

Foto: Cultura News

27/08/2024 às 17:00

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A Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava está realizando um projeto para preservar e divulgar a história de pessoas que nos dias hoje são desconhecidas por grande parte da população da cidade, mas que tiveram um papel muito importante no desenvolvimento da cidade em seus primeiros anos, há mais de dois séculos.

Um dos nomes homenageados é o de Luiz Daniel Cleve, um dinamarquês nascido em 1833, que ainda jovem veio para a América do Sul com o objetivo de ir até à Argentina. Mas a história conta que ao passar pelas terras guarapuavanas, ele se encantou pelo lugar ao ponto de desistir da continuadade da viagem.

“Ele foi um homem extraordinário, dinamarquês, imigrante. Logo que chega aqui ele vai ser professor. Foi uma das pessoas que trabalharam e foram favoráveis a que se criassem uma universidade de terceiro grau, uma universidade aqui no Paraná. Ele foi político, professor, inspetor de ensino, agricultor e pecuarista. Outra coisa importante é que se diz que foi ele quem introduziu o arado em Guarapuava. Ele veio para cá como imigrante, bem jovem, com 22 anos, e nunca mais voltou para a Dinamarca. Aqui ele se casou com um fazendeira. Depois, comprou uma fazenda também. Tiveram 13 filhos”, conta a historiadora Zilma Haick Dalla Vecchia.

Além dele, outras 39 personalidades também são homenageadas no projeto, que é intitulado como “Genealogia Acadêmica: conheça o seu patrono”. Até agora, foram feitas apresentações públicas sobre seis personalidades.

A ALAC, responsável pela iniciativa, existe há 21 anos. Cada nome reverenciado, ocupa simbolicamente o que é denominado como cadeira na Academia, na condição de patronos. Cabe aos acadêmicos, que são os integrantes da Acadêmia, preservar as histórias. Atualmente, os acadêmicos são eleitos para o posto. Como requisito é preciso ter mais de 45 anos de idade e ser ligado às áreas de letras, artes ou ciências, e ter prestado serviços relevantes ao município.

“O objetivo é que crie um vínculo entre o patrono e o ocupante da cadeira. E o segundo é mostrar para a sociedade que esses nomes escolhidos são de homens e mulheres ilustres que ajudaram a construir Guarapuava com grandes feitos e que são desconhecidos da população”, afirma a presidente da ALAC, Maria Magdalena Nerone.

Zilma Haick Dalla Vecchia, professora e historiadora, é uma das acadêmicas que fazem parte do projeto. Nesta segunda-feira (26), ela foi responsável por apresentar a história de Luis Daniel Cleve, patrono da cadeira ocupada por ela na Academia. A apresentação foi realizada no Instituto Histórico e Geográfico de Guarapuava.

“Cada um de nós, em um determinado momento, faz um trabalho de pesquisa e mostra para comunidade a história do patrono. Ele (Luiz Daniel Cleve) é o patrono de número 17 da Academia.”, explica.

Dalla Vecchia ainda destacou: “Fui professora em todos os níveis do ensino e a partir de 2009 fiz parte da comissão que organizou a festa dos 200 anos da chegada da Real Expedição de Diogo Pinto de Azevedo Portugal. Desde então, fiquei apaixonada em estudar a história de Guarapuava em seus primeiros tempos”, afirma.

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