O principal suspeito de matar Everton Robison Madureira, de 36 anos, a tiros em frente a uma escola no bairro Boqueirão, em Guarapuava, se apresentou à polícia nesta semana e confessou ser o autor do crime. A informação foi confirmada pelo delegado Bruno Maciozek em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (12). O nome do suspeito não foi divulgado.
Segundo o delegado, o rapaz de 21 anos se apresentou acompanhado de advogado e entregou sua versão dos fatos. “Ele confirmou que foi o autor dos disparos e alegou que havia uma briga antiga com a vítima, marcada por ameaças recíprocas. A motivação foi esse desentendimento que já durava cerca de um ano”, explicou Maciozek. O suspeito afirmou ainda que agiu sozinho no momento do crime, embora o cunhado dele estivesse no local. A possível participação de outras pessoas ainda será investigada.
Apesar da confissão, o jovem não foi preso, pois não havia mandado de prisão preventiva expedido até o momento da apresentação voluntária. O delegado informou que o endereço do suspeito foi fornecido para que ele possa ser localizado durante o andamento do processo.
Relembre
O crime aconteceu por volta das 17h da última segunda-feira (9), em frente a uma escola municipal. A Polícia Militar foi acionada após relatos de disparos de arma de fogo e encontrou a vítima já sem vida.
De acordo com os peritos, Everton foi atingido por pelo menos cinco disparos, possivelmente de calibre .32. Um dos projéteis acertou um carro que estava estacionado nas proximidades — um Renault Duster. A dona do veículo, uma mulher de 45 anos, uma passageira e uma criança que estava no banco de trás não se feriram. Por pouco, o disparo não atingiu as pessoas dentro do carro. O tiro chegou a perfurar o vidro traseiro do veículo, mas foi contido por uma estrutura do porta-malas.
Foto: Reprodução/ Polícia Civil
Inicialmente, uma testemunha anônima relatou que o autor dos disparos estaria escondido atrás de um poste e fugiu do local em um Fiat Palio azul, possivelmente em direção ao bairro Jordão. A polícia agora trabalha na análise de imagens, coleta de mais testemunhos e avaliação de qualificadoras no crime. “Além de ter sido um homicídio, há agravantes importantes, como o local — em frente a uma escola, no horário de saída das crianças — e o risco a terceiros, como no caso do veículo atingido. Isso pode configurar a qualificadora de perigo comum”, acrescentou o delegado.
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