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Papa Francisco pede oração e jejum pelo fim das guerras

Inspirando-se nos Santos Anjos da Guarda, que a liturgia celebra neste 2 de outubro, na homilia o Papa propôs à reflexão três imagens: a voz, o refúgio e a criança.

Papa Francisco pede oração e jejum pelo fim das guerras. Foto: VaticanNews.

02/10/2024 às 10:40 - Atualizado em 02/10/2024 às 10:57

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Uma súplica de paz e um dia de oração e jejum: este foi o anúncio feito pelo Papa na celebração da Santa Missa de abertura da segunda sessão da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bisposna Praça São Pedro na manhã desta quarta-feira.

Inspirando-se nos Santos Anjos da Guarda, que a liturgia celebra neste 2 de outubro, na homilia o Papa propôs à reflexão três imagens: a voz, o refúgio e a criança.

No caminho para a Terra Prometida, Deus aconselha o povo a escutar a “voz do anjo” que Ele enviou, mas como fazê-lo, questionou Francisco.

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Um modo possível é certamente o de nos aproximarmos com respeito e atenção, na oração e à luz da Palavra de Deus, a todos os contributos recolhidos ao longo destes três anos de intenso trabalho. Trata-se, com a ajuda do Espírito Santo, de escutar e compreender as vozes, ou seja, as ideias, as expectativas, as propostas, para discernir juntos a voz de Deus que fala à Igreja. O Santo Padre recordou que o Sínodo não é uma assembleia parlamentar, mas um lugar de escuta em comunhão.

Porém, para que isso aconteça, há uma condição: libertar-se da arrogância, da presunção e da pretensão de exclusividade na escuta da voz do SenhorNa prática, significa ter o cuidado de não transformar os nossos contributos em teimosias a defender ou agendas a impor. Caso contrário, acabaremos por nos fechar num diálogo de surdos, onde cada um tenta “puxar água ao seu moinho” sem ouvir os outros e, sobretudo, sem ouvir a voz do Senhor.

“A solução para os problemas a enfrentar não a temos nós, mas Ele”, reforçou o Pontífice. E não só, é preciso se recordar que no deserto não se brinca: se alguém, presumindo-se autossuficiente, não presta atenção ao guia, pode morrer de fome e de sede, arrastando também consigo os outros. “Portanto, escutemos a voz de Deus e do seu anjo, se realmente quisermos prosseguir em segurança o nosso caminho para além dos limites e das dificuldades.”

Quanto à imagem do refúgio, o símbolo é o das asas protetoras. Sob essas asas, cada um pode se sentir tanto mais livre de se exprimir espontânea e abertamente, com o “coração em diálogo”: “Não é do Espírito do Senhor um coração fechado nas próprias convicções, isso não é do Senhor. É um dom abrir-se. A Igreja tem necessidade de lugares de paz e abertura, a serem criados principalmente nos corações, onde cada um se sinta acolhido como uma criança nos braços da mãe”, disse o Papa.

Fonte: VaticanNews.