O Tribunal do Júri de Cantagalo condenou a 13 anos de prisão um homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná por agredir a própria companheira com choques elétricos, socos e chutes em sua barriga, provocando aborto em sua gestação de 24 semanas – ele ainda teve a pena aumentada pela ocorrência de lesão grave na vítima gestante, que em razão do aborto e das agressões sofridas correu perigo de vida. O crime que foi cometido em 21 de dezembro de 2018.
Durante a sessão plenária, o Ministério Público requereu ao juiz a majoração da pena por diversas circunstâncias judiciais, dentre elas, a avaliação negativa da culpabilidade do réu, sua conduta social reprovável – uma vez que ele sempre se apresentou como pessoa extremamente agressiva e violenta no seio familiar, mantendo com a vítima um relacionamento conturbado e abusivo, com comportamento machista e traços de possessividade –, as consequências (abalos e traumas psicológicos causados na sua então companheira) e as circunstâncias do crime, em razão do estado gestacional avançado. Também foram consideradas para o acréscimo da pena o uso de meio cruel e o fato de o crime ter sido cometido pelo réu prevalecendo-se de relações domésticas e de coabitação.
Outra condenação
Cabe recurso da decisão. O réu poderá apelar dessa sentença em liberdade, visto que não estava preso por este processo. Entretanto, encontra-se preso por outro processo que apura fatos ocorridos quatro meses depois, quando ele novamente atentou contra a vida de seu filho, sua esposa e outra nascitura que estava em seu ventre.
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