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Albergue de Guarapuava tem acolhido, em média, 25 pessoas diariamente durante o inverno

O albergue funciona o ano todo, durante 24 horas por dia. Doações de alimentos, materiais de higiene pessoal, roupas e cobertores, por exemplo, sempre são bem-vindas.

Doações de alimentos, materiais de higiene pessoal, roupas e cobertores, por exemplo, sempre são bem-vindas.

17/07/2024 às 20:11 - Atualizado em 17/07/2024 às 20:18

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Com o frio, a vida nas ruas que já é dificil em outras épocas do ano, fica ainda mais complicada para quem não tem uma casa ou um lugar aconchegante para se abrigar das baixas temperaturas.

Há quase 40 anos, o Albergue Noturno Frederico Ozanam, em Guarapuava, tem sido o ponto de apoio para pessoas em situação de rua, que precisam de acolhimento temporário. De acordo com a assistente social da instituição, Marina Malheiros, os acolhidos geralmente chegam no local de maneira espontânea.

“É quando a pessoa, sem nenhum encaminhamento, já ouviu falar da instituição ou então alguém contou em algum outro local e procura por conta própria a entidade, ou por meio de encaminhamentos, principalmente, da política pública de assistência social. A procura é para que tenha minimamente uma estrutura para recomeçar sua caminhada, ou então resolver alguma situação mais emergencial”, explica.

O albergue funciona o ano todo, durante 24 horas por dia.

“Nós temos, em média, 23, 25 atendimentos diários e alguns são fixos, que são pessoas que estão um pouco mais de tempo na instituição”, conta Marina.

A maioria dos acolhidos é de homens, mas a instituição é capacitada para atender também mulheres e grupos familiares, com ou sem crianças. O local tem ala masculina e feminina, com camas e cobertores. A estrutura possui ainda departamentos como lavanderia, uma horta (que atualmente está sendo desenvolvida no quintal do prédio), cozinha, onde são preparadas refeições como café, almoço e janta por funcionários da instituição. Há também uma dispensa para o armazenamento de materiais de higiene pessoal e outra para alimentos. Os banheiros são divididos entre ala masculina e feminina.

O diretor administrativo do albergue, Eduardo Padilha, explica que a instituição é coordenada pelos Vicentinos, da Igreja Católica.

“Participamos de uma rede, a SSVP – Sociedade São Vicente de Paulo -, onde há várias obras no mundo inteiro. É uma instituição sem fins lucrativos. Hoje, o albergue conta com um convênio com o município, que subsidia uma parte dos nossos custos. As outras partes conseguimos através de doações. Sem a sociedade de Guarapuava nos ajudando talvez não conseguiríamos abrir. Atualmente, o subsídio do município é para pagar funcionários, uma parte das tarifas de água e luz, e parte da alimentação. O restante das nossas despesas fixas, como alimentação, a maior parte a gente ganha da sociedade. Material de limpeza, como aqui é uma instituição muito grande, além de cobertores, tudo isso a gente consegue da sociedade”, diz.

A direção do albegue afirma que é importante receber a visita da sociedade para que as pessoas conheçam mais do trabalho realizado. Reforça também a importância de doações em dinheiro para a realização de obras de manutenção no prédio, visto que a estrutura física do local é bastante antiga. Doações de alimentos, materiais de higiene pessoal, roupas e cobertores, por exemplo, sempre são bem-vindas.

“Muitas pessoas têm um conhecimento equivocado do que é o albergue. Acham que é um lugar onde tem pessoas bêbadas jogadas pelos cantos, e a realidade nossa é diferente. Atendemos, realmente, pessoas que querem melhorar. Pessoas com efeito de álcool e drogas não entram na instituição”, ressalta o diretor administrativo.

Mensalmente, a instituição realiza promoções para arrecadar fundos que são destinados para a manutenção do local. Além do bazar, que é feito frequentemente na entrada do albergue, foi realizada, recentemente, uma festa junina. No próximo dia 2 de agosto, haverá venda de sopas com o objetivo de angariar fundos para o local.

O Albergue de Guarapuava está localizado na Rua Jaime Amaral Pachêco, 191, no Conradinho.

Fachada do albergue. Foto: William Batista/ Rádio Cultura

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