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Em segunda discussão, deputados aprovam privatização da Ferroeste

O projeto de lei autoriza o Governo do Paraná a privatizar a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, a Ferroeste. A companhia é responsável por 248 km de trilhos entre Guarapuava e Cascavel. O governo argumenta que a companhia é deficitária e acumula dívidas de R$ 200 milhões. Por isso vender é estancar um custo do estado.

Veja como votaram os deputados. Foto: Reprodução/ ALEP

20/08/2024 às 17:00 - Atualizado em 20/08/2024 às 17:01

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Com 39 votos favoráveis e 6 contrários, foi aprovada em segunda discussão, na tarde desta terça-feira, na Assembleia Legislativa do Paraná, a privatização da Ferroeste.

O líder do governo na Alep, deputado Hussein Backri (PSD) dirigiu a palavra antes da votação. “Peço atenção dos colegas, o voto é sim”, disse.

Em contrapartida, o líder da oposição da Casa, deputado Requião Filho (PT), emendou. “A posição encaminha não, pensando no futuro no Paraná”, afirmou.

O Cultura News já havia publicado sobre a aprovação da proposta em primeira discussão na última segunda-feira, por 41 a 7 votos, em regime de urgência. A aprovação direta da proposta só não ocorreu ainda na segunda porque houve um pedido de vistas da oposição.

O projeto de lei autoriza o Governo do Paraná a privatizar a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, a Ferroeste.

A companhia é responsável por 248 km de trilhos entre Guarapuava e Cascavel. Pra ter viabilidade, depende de um acordo de passagem com a Rumo para poder chegar até o Porto de Paranaguá.

Entre as emendas, estão a obrigatoriedade da manutenção das operações do trecho entre Cascavel e Guarapuava, a garantia de que a sede vai continuar no Paraná e de que os futuros donos criem mecanismos que elevem a capacidade do transporte de cargas da Ferroeste.

O governo argumenta que a companhia é deficitária e acumula dívidas de R$ 200 milhões. Por isso vender é estancar um custo do estado.

Prejuízo

A Ferroeste acumulou prejuízo de R$ 9.886.723,40 em 2023, conforme demonstrações contábeis da Companhia. Ao longo do ano passado a receita operacional da estrada de ferro alcançou 17.396.068,60. Já a despesa operacional alcançou a marca de R$ 23.433.252,96. Considerados gastos com amortização, depreciação e outras despesas (R$ 3.849.539,04) a empresa alcançou o resultado negativo.

A companhia tem como acionista majoritário (99%) o Governo do Paraná, que absorve o resultado negativo.

Entre 2014 e 2019 o Governo do Estado injetou R$ 34.611.225,54 para capitalizar a companhia. E somado a isso vem tomando medidas para sanear e dar condições de privatização.

Relatório da Bazzanese Auditores Independentes mostra que o “saldo da conta de prejuízos acumulados da Companhia totalizou em 2023 o montante de R$ 172.874.011,65 e o prejuízo operacional registrou o montante de R$ 6.037.184,36”.

Da Redação, William Batista e Cléber Moleta.

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