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Guarapuava está entre as 10 cidades que mais registraram estupros em 2023, aponta Anuário da Segurança Pública

Município teve incidência de  87,3 estupros/estupros de vulneráveis por 100 mil habitantes. É o 8ª maior incidência do Brasil e 1ª do Paraná.

Crimes tem como principais vítimas meninas e ocorre nas próprias residências em 60% dos casos. Imagem ilustrativa: Freepick.

19/07/2024 às 12:10

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Guarapuava registrou em 2023 uma taxa de 87,3 de estupros/estupros de vulneráveis por 100 mil habitantes e está entre os dez municípios brasileiros com maior índice deste crime, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024. O ranking é inédito e considera somente municípios com mais de 100 mil habitantes.

No ranking nacional Guarapuava ocupa a 8ª e no Paraná a 1ª posição dentre as que tem maior incidência do crime.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18/07) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O Anuário é baseado em informações registradas pelos estados em bases das polícias e secretarias de segurança pública.

A maior taxa de estupro/estupro de vulnerável do país ocorreu em Sorriso (MT), com 113,9 estupros para cada 100 mil habitantes. Localizada no Norte do Mato Grosso, a cidade é tida como a Capital Nacional do Agronegócio. A segunda cidade da lista é Porto Velho, capital de Rondônia, com taxa de 113,6 vítimas por grupo de 100 mil habitantes. Em terceiro lugar aparece a cidade de Boa Vista, capital de Roraima, com taxa de 110,5 por 100 mil pessoas.

Paraná

O estado é o que mais tem cidades no ranking. São nove municípios: Almirante Tamandaré, Araucária, Cascavel, Colombo, Fazenda Rio Grande, Guarapuava, Paranaguá, Piraquara e Ponta Grossa.

Brasil

Em 2023, o Brasil bateu recorde de casos de estupros e estupros de vulneráveis. Foram registrados quase 84 mil ocorrências, um aumento de 6,5% em relação a 2022. Em comparação com a série histórica, os casos quase duplicaram. Em 2011, foram registradas cerca de 44 mil ocorrências, número que cresceu 91,5% no ano passado.

O perfil das vítimas é composto por meninas (88,2%), negras (52,2%), de no máximo 13 anos (61,6%) e em 84,7% das vezes os agressores são familiares ou conhecidos, que cometem a violação nas próprias residências das vítimas (61,7%). As vítimas de até 17 anos compõem 77,6% de todos os registros, segundo o estudo.

Estupro de vulnerável

O relatório aponta que, de todas as ocorrências verificadas em 2023, 76% correspondem ao crime de estupro de vulnerável, tipificado na legislação brasileira como a prática de conjunção carnal ou ato libidinoso com vítimas menores de 14 anos ou incapazes de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.

O estudo registrou a taxa de 233,9 casos para cada 100 mil habitantes de estupros de crianças e adolescente na faixa de 10 a 13 anos. A taxa quase seis vezes superior à média nacional. No caso de bebês e crianças de 0 a 4 anos, a taxa de vitimização por estupro chegou a 68,7 casos por 100 mil habitantes, 1,6 vezes superior à média no país.

Desses casos, meninas são mais agredidas. O sexo feminino representa a taxa de 67,6 por 100 mil, seis vezes superior à média entre homens. Entre os meninos, a maior incidência de estupros ocorre entre os 4 e os 6 anos de idade e cai à medida que se aproxima a vida adulta.

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