Nesta terça-feira (3), a Polícia Civil de Guarapuava divulgou detalhes da operação que prendeu dois integrantes de uma organização criminosa responsável por aplicar golpes em motoristas idosos, em Guarapuava e outras cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
As prisões foram realizadas no último domingo (1). As investigações indicam que o grupo fez mais de 70 vítimas no Paraná, totalizando cerca de meio milhão de reais em prejuízos. Três indivíduos estão foragidos.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram apreendidos um carro, munições, celulares, notebooks e máquinas de cartão. As ordens judiciais foram cumpridas simultaneamente nas cidades de Curitiba, Araucária, na Região Metropolitana, e São João do Ivaí, no Noroeste do Estado. Além disso, a Justiça decretou o bloqueio de contas bancárias dos suspeitos. Os crimes investigados incluem estelionato e associação criminosa.
As investigações iniciaram em abril deste ano em Guarapuava, após cinco vítimas procurarem a polícia, que acredita haver mais vítimas que não chegaram a procurar a polícia, na cidade. Conforme a Polícia Civil, os criminosos escolhiam as vítimas em estacionamentos de comércios, abordando motoristas com a falsa alegação de problemas mecânicos em seus veículos.
“Eles emparelhavam os veículos em via pública e indicavam que o carro da vítima estava com algum defeito mecânico. Esse primeiro golpista, muito solícito, dizia que trabalhava em alguma concessionária. Na sequência, avaliava o veículo e se oferecia a ligar para o mecânico da loja para que ele resolvesse. Pouco depois, outro integrante do grupo, um falso mecânico, aparecia”, explica o delegado da PCPR, Ramon Galvão Zeferino.
Os golpistas simulavam falhas mecânicas e cobravam por reparos utilizando uma maquininha de cartão adulterada que esgotava as contas bancárias das vítimas. Desde 2022, foram identificados mais de 70 casos no Paraná. O grupo também fez vítimas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Com a prisão dos suspeitos, a PCPR continua investigando a extensão do golpe, buscando identificar outros integrantes da organização e possíveis novas vítimas.
Da Redação, com informações da PCPR.
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