O Hospital Anjo Protetor de Pinhão está interditado desde a última segunda-feira (9), após uma vistoria de agentes da Vigilância Sanitária. Um dos problemas apontados pelos agentes da fiscalização, segundo a direção do hospital, foi a falta de médicos na unidade. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SESA) não especificou quais são as irregularidades, mas afirma que na vistoria foram constatadas situações que comprometiam a continuidade dos serviços.
O hospital é o único da cidade de Pinhão e foi inaugurado há mais de dois meses, em dia 28 de junho. A instituição é particular e conforme o diretor, Reinaldo Rocha, atendia também pacientes do SUS por meio de um convênio firmado com a prefeitura.
“Esse convênio com a prefeitura foi assinado há cerca de 30 dias em função da emergência que o município tem de um atendimento hospitalar a seus pacientes. Hoje, o valor do contrato é cerca de 20 mil reais. Nós fizemos um contrato com a prefeitura para que pacientes que passem pela UPA sejam encaminhados para cá na parte de internação”, afirma.
Reinaldo questiona a decisão da Vigilância Sanitária: “Recebemos a visita dos agentes da Vigilância Sanitária e eles apontaram algumas questões que na opinião deles estariam irregulares. Depois dessa fiscalização, os agentes disseram que nos dariam pelo menos 15 dias para que as supostas irregularidades, digamos assim, fossem regularizadas. No entanto, o que nos causou estranheza, é que nem venceu o prazo e eles vieram novamente ao hospital já com a determinação de interdição”, disse.
O diretor afirma que desde a abertura o hospital realizou 120 atendimentos. O local, segundo ele, tem um aparelho digital de raio-x e possui mais de 80 leitos para casos de pequena e média complexidade.
HOSPITAL ALEGA QUE TEM MÉDICOS
“Apontaram algumas questões como a falta de médicos, quando na verdade estávamos com médico aqui nas nossas instalações. O doutor havia saído para fazer um atendimento domiciliar e na sequência retornou à unidade hospitalar. No final de semana passado, por exemplo, estávamos com três profissionais médicos, afirma o diretor”.
Ele disse ainda: “Se, realmente, existir alguma irregularidade, nós temos que ter o direito de corrigi-las. A função de um órgão fiscalizador não é só punir, é de prevenção, de orientar, dar um prazo, notificar para que tal irregularidade seja corrigida. E isso não aconteceu”.
O QUE DIZ A SESA
Leia a nota da Secretaria Estadual de Saúde enviada ao Cultura News.
“O Hospital Anjo Protetor de Pinhão encontra-se em processo de inspeção sanitária pela equipe multidisciplinar da 5ª Regional de Saúde, de Guarapuava, conforme trâmites padrão de trabalho habitual da Vigilância Sanitária.
Durante inspeção realizada no estabelecimento após seu funcionamento, foram constatadas situações que comprometiam a continuidade dos serviços, sendo assim, houve a necessidade de suspender a licença sanitária. Tão logo essas irregularidades sejam sanadas pelo Hospital, o funcionamento poderá ser regularizado.”
A reportagem não conseguiu contato com a prefeitura de Pinhão.
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