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Organização criminosa agiu para fraudar licitações da prefeitura de Guarapuava, aponta MP

Para conseguir cometer a fraude duas organizações teriam corrompido um engenheiro Civil e o ex-secretário de Educação.
01/07/2024 às 14:36 - Atualizado em 01/07/2024 às 15:07

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Duas operações foram desencadeadas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR)  nesta segunda-feira (1º/07). Ambas miram organizações criminosas formadas por empresas e que teriam corrompido agentes públicos para fraudar licitações da Prefeitura de Guarapuava. Os esquemas teriam afetado mais de 20 licitações com valores somados superiores a R$ 40 milhões. O vereador Pablo Almeida (Progressistas) e o engenheiro Fabiano Ferreira da Silva, servidor do município são alvos suspeitos de recebimento de propina.

São duas operações que miram organizações criminosas distintas. Uma delas, batizada de Abecedário, focada nas licitações de reformas de prédios públicos, principalmente escolas. Outra, Fogo no Parquinho, em licitações de parquinhos infantis construídos em escolas. Em ambas o engenheiro Fabiano Ferreira da Silva é alvo. Pablo Almeida é investigado somente na operação Abecedário.

Abecedário

“A forma de agir desses empresários era criar várias empresas com nomes diferentes e os próprios nomes iam mudando, elas aparentavam ser empresas independentes e concorriam entre si, se alternando e ganhando as licitações”, relata a promotora Leandra Flores.

Dessa maneira, segundo a promotora, a organização criminosa venceu mais de 20 licitações para reformar escolas e outros prédios públicos e com valores somados acima de R$ 35 milhões.

“Verificamos que eram todas uma mesma empresa, administradas por duas pessoas, os outros que constavam nos quadros societários eram funcionários [laranjas] e independente de quem vencesse a licitação era a mesma empresa que executava”, disse a promotora.

Segundo a promotoria, com base em comprovante de depósito bancário, Pablo teria recebido R$ 12 mil de propina, via conta de um filho, para permitir o esquema na licitação. Pablo foi procurado e não se manifestou até o momento.

O engenheiro civil Fabiano teria sido negligente no processo de fiscalização e também na elaboração dos editais, que seriam já pensadas com formas de favorecer o esquema.

Fogo no parquinho

Na operação Fogo no Parquinho um outro grupo criminoso, formado por outras empresas, agia igual para fraudar licitações. “A empresa que venceu a licitação concorreu com seus fornecedores”, indicando que ‘houve combinação”, afirma a promotora.

Nessa operação a fraude ocorreu em somente uma licitação no valor de R$ 7.880.731,84, realizada em 2021. Uma empresa de Agronômica, Santa Catarina, foi a vencedora e seria parte deste esquema suspeito e investigado pelo MP.

O engenheiro Fabiano teria recebido R$ 135 mil no esquema. Ele foi procurado, mas não estava na prefeitura e não foi localizado.

A Prefeitura de Guarapuava foi procurada, mas não se manifestou sobre o esquema.

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