Um balanço da Secretaria da Segurança Pública do Paraná, mostra que desde o início desse ano já foram registrados mais de 94 mil casos de estelionato, no estado. Esse tipo de crime, segundo a polícia, tem atraído cada vez mais bandidos por serem mais fáceis de praticar.
Uma cartilha elaborada pela Polícia Civil do Paraná (link) traz orientações à população sobre os cuidados relacionados a pelos menos 20 golpes, como por exemplo, o golpe da maquininha, do bilhete premiado, e o golpe do nudes, que, conforme a polícia civil, tem feito muitos homens mais velhos como vítimas.
O delegado Ramon Galvão Zeferino, chefe da seção de estelionatos da 14ª Subdivisão policial em Guarapuava, comenta que os golpes são uma modalidade mais vantajosa para os criminosos. “Eles [criminosos] encontraram um meio de se expor menos porque em comparação com crimes como roubo ou extorsão, eles acabam se expondo menos. Eles se escondem atrás de uma falsa identidade. Em geral, se aproveitam de propostas tentadoras. As vítimas acabam se sentindo tentadas em lucro fácil e acabam caindo na situação que é inventada pelo golpista’, explica.
ALERTA
De acordo com a Polícia Civil, só nesse ano em Guarapuava, foram registradas mais de 1.700 ocorrências de estelionato. Mas não significa que todos os criminosos estejam na cidade. Nesses casos, a distância não é um problema para eles, que agem de vários lugares do país.
“A investigação de estelionato é bem técnica, sistemática. Se inicia com o registro do boletim de ocorrência. A vítima nos traz as informações iniciais que já tem em posse. A equipe de investigação inicia a coleta de informações no mundo virtual, uma vez que a grande maioria dos casos acontece pela internet. Ficam rastros digitais desses acessos. A equipe faz uma análise, cruzamento de dados para verificar padrões que se repetem, possíveis suspeitos que a gente possa identificar a situação deles”, afirma o delegado.
Dados da Secretaria da Segurança Pública do Paraná, apontam que nos sete primeiros meses de 2024, foram registrados mais de 94 mil e 500 casos de estelionato. Janeiro foi o mês com o maior número de ocorrências: 19.975. Em julho, houve 13.179 casos.
“Tomar cuidado com as propostas tentadoras demais, de lucro fácil. Nunca é factível. Não compartilhar informações pessoais nem senhas com contatos que possam fingir ser de bancos e outras instituições. Verificar através dos canais oficiais de empresas ou de bancos, ou de familiares, se, de fato, é aquela pessoa que está fazendo contato”, alerta o delegado.
Fique sempre por dentro das últimas notícias!
Junte-se ao nosso grupo no WhatsApp e receba em primeira mão as notícias, atualizações e destaques do CulturaNews.
Não perca nada do que está acontecendo!