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Interditado, Hospital de Pinhão é envolvido em mais uma polêmica com briga e agressões

Uma das responsáveis pelo imóvel afirma que foi agredida fisicamente pelo atual diretor do hospital.

Foto: Reprodução/Hospital Anjo Protetor

18/09/2024 às 20:58 - Atualizado em 18/09/2024 às 21:02

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Não bastasse o problema da interdição, nesta quarta-feira (18), o Hospital Anjo Protetor em Pinhão foi envolvido em mais uma polêmica, desta vez, com viés policial. Uma das responsáveis pelo imóvel afirma que foi agredida fisicamente pelo atual diretor do hospital. Em entrevista ao Cultura News, Guiomar Rocha Passos Peredo, disse que o prédio está alugado desde março desde ano, mas que os gestores do hospital não vêm pagando o aluguel de 45 mil reais por mês.

“A partir de maio, eles não pagaram mais o aluguel. Pagavam assim, ‘tipo’ mil reais. O nosso acordo era de 45 mil reais mensais. A gente deu uma carência de seis meses para eles pagarem somente a metade. E agora, a partir de setembro, eles deveriam pagar o valor total mais essa carência”, afirma.

Nesta quarta-feira, segundo Guiomar, ela e o marido foram até o hospital, onde acabaram sendo agredidos pelo diretor da unidade, Reinaldo Rocha, e pela esposa dele.

“A gente tentou conversar com eles hoje de manhã. Estavam em uma reunião com a Vigilância Sanitária. A gente tentou conversar e mostrar a situação que não adiantava fazer a vistoria em um imóvel onde eles não têm como continuar. Eles estão ilegais no imóvel”, conta.

Guiomar descreveu o momento em que, segundo ela, começaram os xingamentos.

“O Reinaldo começou a querer gravar dizendo que nós não éramos os donos, que éramos uns vagabundos, que tínhamos um processo, que havíamos desviado dinheiro da empresa. Uma baixaria. Nisso, veio a esposa dele – não sei de onde surgiu aquela mulher – e me agrediu por trás. Me deu um soco por trás. Meu marido tentou conter ela, e o Reinaldo avançou em nós dois.”

A mulher conta que teve hematomas em várias partes do corpo.

“Meu rosto está inchado, ele [Reinaldo] me deu um soco, quebrou meu óculos. Estou com hematomas na testa, com a perna machucada. Ele me deu chutes. Meu marido caiu, ai ele socou muito meu marido. Meu marido está com o rosto todo machucado também, com ferimentos na cabeça. Havia muitas testemunhas. O procedimento então foi chamar a polícia para registrar o B.O”.

Procurado pelo Cultura News, Reinaldo Rocha, mandou dois áudios à nossa reportagem, por WhatsApp, nos quais afirma que houve o registro de Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia Civil.

“Eles são locatários do prédio e invadiram a sala de reunião, onde a Vigilância Sanitária estava conferindo toda a documentação do hospital para desinterditar hoje. Eles invadiram e começaram a desferir palavras de baixo calão. Começaram a desferir difamações, calúnias. E partiram para cima da minha esposa, e eu parti em defesa dela. Foi o que aconteceu”, disse.

O diretor do hospital diz ainda ter um histórico de embates com os responsáveis pelo imóvel.

“Eles dão muito problema. São terríveis. Nós já temos vários boletins de ocorrência contra eles. Já é o oitavo B.O que registramos contra eles”, afirma.

Guiomar afirma que o imóvel está em nome do antigo Hospital Santa Cruz, que funcionava no local até agosto do ano passado, quando fechou.

Reinaldo argumenta que deixou de pagar o aluguel por orientação jurídica após ter sido notificado pelo advogado de um dos sócios que tem parte no imóvel, porque esse, não estaria recebendo sua parte dos lucros, alegando falta de repasse por parte de Guiomar e o marido dela.

INTERDIÇÃO

Há nove dias, o Hospital Anjo Protetor está interditado após uma vistoria da Vigilância Sanitária Estadual, que identificou problemas na instituição, como falta de médicos. A direção da unidade nega e questiona a decisão. O hospital é particular e atendia até então pacientes do SUS por meio de um convênio com a prefeitura. Com a intedição do hospital, os atendimentos estão concentrados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

De acordo com a direção, o hospital tem 80 leitos para casos de pequena e média complexidade e um aparelho digital de raio-x.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), afirmou que o hospital encontra-se em processo de inspeção sanitária. E que durante inspeção realizada no estabelecimento após seu funcionamento, foram constatadas situações que comprometiam a continuidade dos serviços, e sendo assim, houve a necessidade de suspender a licença sanitária. A nota diz ainda que, tão logo essas irregularidades sejam sanadas pelo Hospital, o funcionamento poderá ser regularizado.”

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