Um tratamento pré-natal bem feito é fundamental para diminuir os riscos de morte infantil. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), esse serviço de atendimento começa na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da casa da gestante.
A Agente Comunitária de Saúde Claudia Brandão está há onze anos na UBS Adão Kaminski. O trabalho dela e dos demais agentes é fundamental para garantir o acesso das gestantes ao acompanhamento de saúde. No primeiro contato é aberto o pré-natal e feito encaminhamento para exames.
“Ela [gestante] saí com exames marcados, uma ultrassonografia, começamos a acompanhar a gestante para saber se ela fez os exames, se está indo nas consultas”, afirma Claudia.
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Quando os exames retornam o trabalho do agente comunitário de saúde continua. É preciso levar os resultados e acompanhar se efetivamente o tratamento está sendo realizado.
“O contato é quase diário, tem muito exame e consultas, principalmente, para as de alto risco, e temos que acompanhar e reafirmar a importância de fazer o pré-natal”, conta Claudia.
Compromisso da gestante
Se os exames são feitos e o tratamento de eventuais doenças for realizado adequadamente, diminui significativamente a chance de complicações. Os dados mostram que em 2023 ao menos 31 óbitos infantis ocorreram por causas evitáveis em Guarapuava. E a principal forma de evitar a morte da criança é fazer o pré-natal adequadamente.
E isso passa também pelo comprometimento da mãe em compreender a importância de seguir rigorosamente o tratamento.
Lá mesmo na unidade Adão Kaminski conversamos com a Luana Genú Machado, que estava de 8 meses. “São bem atenciosas, tudo o que eu precisava deu certo, consultas, exames, dentista, deu tudo certinho”, conta.
O caso da Luana é um bom exemplo de comprometimento com a saúde dela e da bebê. E também da importância de fazer o pré-natal pra prevenir problemas. Ela me contou que no início da gestação teve um susto, porque um dos exames mostrou um problema cardíaco na criança. Realizada a tempo, a intervenção médica garantir a saúde da criança.
Vulneráveis
Esse é um quadro ideal, de adesão ao pré-natal, que está disponível gratuitamente. Mas existem situações de vulnerabilidade das famílias ou da mulher gestante que são um desafio para garantir acesso ao tratamento. Gestantes usuária de álcool ou outras drogas ou que vivem em condição de rua, por exemplo, não fazem o acompanhamento adequadamente.
Em 2023 foram 2667 gestantes acompanhadas pelo pré-natal via SUS. A maioria realizou ao menos 7 consultas, que é o recomendado.