Funcionários dos Correios em Guarapuava estão em greve nesta quinta-feira (8), em adesão a um movimento nacional em que integrantes da empresa em outros lugares do país também estão com as atividades paralisadas. Eles reinvidicam melhores condições no acordo coletivo de trabalho. Os trabalhadores afirmam que irão avaliar a adesão da greve no restante do estado até o fim do dia para definir os próximos passos da mobilização.
Em Guarapuava, cerca de 37 funcionários paralisaram as atividades hoje. Eles estão reunidos em frente aos Correios, na Rua XV, no centro. Mas nem todos aderiram à greve, de acordo com o representante dos trabalhadores.
Motivo
“Nossa paralisação se dá pelo nosso acordo coletivo. Queremos chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes e justo. Tivemos 14 reuniões com a empresa e ela não nos apresentou nenhuma proposta viável. Também tem a questão do nosso plano de saúde que a gente está com o processo de reformalização desde o acordo coletivo passado. A gente já deu prazo enorme para a empresa e ela acabou pedindo mais prazo ainda para poder mexer com essa questão”, explicou Robson Nunes Vieira, delegado sindical dos trabalhadores dos Correios, em Guarapuava.
Assista a entrevista:
Como ficam as entregas?
“Vai gerar um pouco de desconforto, mas esperamos que logo a gente retorne ao trabalho e possamos atender toda a população novamente da melhor maneira possível”, afirma Robson.
Em nota, os Correios afirmam que estão operando normalmente em todo o Paraná nesta quinta-feira. As agências estão abertas e todos os serviços disponíveis. A nota diz ainda que a empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato.
Versão da empresa
Ainda em nota, os Correios afirmam que propuseram aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 mais aumento de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. Outra melhoria proposta pelos Correios é o aumento de 20% para os empregados que possuem a função “motorizada” – ou seja, motociclistas e motoristas.
A empresa ainda acrescentou o pagamento de um vale alimentação/refeição extra no valor de R$ 50,93, nos meses de agosto a dezembro de 2024, para empregadas e empregados com remuneração até R$ 7,3 mil, e o pagamento de um vale extra (o “vale-peru”) de R$ 1.120,47 para todas as empregadas e os empregados, a ser pago no mês de dezembro de 2024.
Sobre o plano de saúde, o processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15% tem previsão de implementação no próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes.
Ao anunciar sua proposta, os Correios ressaltaram que a atual gestão assumiu em 2023 uma empresa que havia acabado de sair de um processo de privatização, o que gerou, por anos, incerteza e de insegurança para empregadas e empregados. Além disso, o governo anterior havia retirado mais de 50 cláusulas do acordo coletivo dos Correios, extinguindo direitos históricos.
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