Em julho de 2024, assim como nos dois meses anteriores, foi um período seco nas regiões Norte e Noroeste paranaense. Isso ocorreu devido, novamente, à atuação de bloqueios atmosféricos com extensas massas de ar secas e quentes, que impediram o avanço das frentes frias. Nas demais regiões as chuvas foram abundantes. O maior acumulado mensal ocorreu em Palmas, no Sul, onde choveu 247,8 mm, e o menor índice foi 18 mm registrado em Jaguariaíva, no Norte.
Os dados são do Boletim Agrometeorológico de Julho elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), com apoio do Simepar.
Confira a influência das condições climáticas do mês de julho sobre as principais culturas agrícolas do Paraná:
MILHO 2ª SAFRA – A colheita do milho, favorecida pela estiagem, atingiu 85% no final de julho. Devido à seca, grande parte das lavouras apresentou quebra na produtividade, exceto as localizadas no Sudoeste e parte da região Oeste, as quais obtiveram produtividade dentro da estimativa inicial. As chuvas de julho tiveram pouco impacto na produtividade, pois a grande maioria das lavouras estava em fase de maturação.
De maneira geral, nessa safra, a infestação de cigarrinha foi menor e melhor controlada, comparado à safra anterior, especialmente nas áreas com boa precipitação. Ocasionalmente, algumas lavouras acamaram devido ao vento e chuvas.
TRIGO – Em julho foi finalizada a semeadura de trigo, apesar da dificuldade por falta ou excesso de umidade no solo. Muitas lavouras, especialmente as localizadas nas regiões Norte e Nordeste, foram prejudicadas pela seca e temperaturas elevadas desde a implantação da cultura, apresentando porte reduzido, pouco perfilhamento, perfilhos inviáveis, espigas pequenas, área foliar diminuta e redução no potencial produtivo. A adubação nitrogenada e manejos fitossanitários também foram intensificados após as chuvas ocorridas em julho, visando o controle de ferrugem, oídio, brusone, manchas foliares, pulgões e lagartas.
MAIS CEREAIS DE INVERNO – As lavouras de aveias localizadas nas regiões Norte e Noroeste também tiveram a produtividade reduzida em virtude da seca. Iniciou-se a dessecação e rolagem nas áreas de cultivo de aveia para cobertura do solo. Os cereais comumentes cultivados mais ao Sul do Estado, como a cevada, canola, centeio, triticale e até mesmo a aveia, apresentaram bom desenvolvimento.
CAFÉ – A colheita do café evoluiu de 47% em junho para 76% em julho, favorecida pelo tempo seco nas regiões produtoras (Norte e Noroeste). No entanto, devido à colheita manual, houve atraso em muitas lavouras. As produtividades foram abaixo do esperado, bem como a renda e a qualidade. O clima seco também provocou maior infestação de bicho mineiro e queda precoce de folhas.
FRUTICULTURA – Em julho foi finalizada a colheita de poncãs e nas lavouras que ocorreram chuvas abundantes houve redução dos frutos comercializados devido queda, podridões e fungos, além do ataque de mosca das frutas. A laranja também apresentou produtividades limitada pela seca e doenças. As áreas com banana também foram impactadas pelos baixos índices pluviométricos. A uva foi colhida com produtividade dentro do esperado.
MANDIOCA – Na primeira semana do mês, tanto a colheita quanto o plantio da mandioca foram interrompidos pela estiagem. Porém, após as chuvas, a colheita foi retomada de forma intensa e mais da metade da safra foi colhida até julho. As raízes apresentaram maior teor de amido, o que é favorável para as indústrias e produtores. As precipitações também contribuíram para a retomada do plantio.
Fonte: com informações da AEN-PR
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