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Câmara reage sobre inconsistências no orçamento e diz estar aberta para diálogo com gestão Baitala

Em nota, Poder Legislativo disse que Prefeitura poderia convocar sessões extraordinárias ou mudar Orçamento por decreto.

Nota da Câmara afirma que vereadores estão abertos para diálogo. Foto: Cléber Moletta.

21/01/2025 às 17:51 - Atualizado em 21/01/2025 às 17:51

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A troca de farpas entre Executivo e Legislativo de Guarapuava em torno da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2025 continua. O projeto sofreu alterações da Câmara, em 2024, e foi sancionado pelo ex-prefeito Celso Góes (Cidadania) com previsão de gastos superiores à receita. Além disso, foram zeradas algumas despesas, o que inviabiliza alguns gastos essenciais. 

Na tarde desta terça-feira (21/01) a Câmara de Vereadores emitiu nota afirmando que as “eventuais inconsistências no orçamento são passíveis de correção e remanejamento por meio de decretos ou projetos de lei”. 

A Casa afirma que o prefeito Denilson Baitala (PL) poderia fazer os ajustes por decreto ou mandando projetos de lei e convocando a Câmara para sessões extraordinárias. Contudo, o Executivo ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Tribunal de Justiça. 

Na nota, o Legislativo afirma que “ainda que não tenha sido procurado em nenhum momento […] permanece inteiramente à disposição para o diálogo institucional.”.

Em entrevista à Rádio Cultura, o secretário municipal de Finanças Luciano Croti afirmou que as inconsistências na Lei não podem ser resolvidas com emendas e que, do modo como está, a LOA o sistema da prefeitura não pode ser aberto para execução orçamentária. 

Leia a nota da Câmara na íntegra

NOTA OFICIAL DO PODER LEGISLATIVO DE GUARAPUAVA 

O Poder Legislativo de Guarapuava, em razão das declarações apresentadas por membros do Poder Executivo, informa que eventuais inconsistências no orçamento são passíveis de correção e remanejamento por meio de decretos ou projetos de lei. Ambas as ferramentas são mecanismos legais exclusivos do Prefeito Municipal, bastando o Chefe do Poder Executivo baixar e publicar o ato (decreto) ou enviar a matéria para apreciação dos vereadores (projeto de lei). Destaca-se que o Prefeito tem a prerrogativa legal para convocar o Poder Legislativo em regime de urgência durante o recesso parlamentar para apreciar e votar matérias, inclusive orçamentárias, conforme estipulado pelo Artigo 63, XIX e Artigo 106 da Lei Orgânica Municipal, sendo necessário enfatizar que, ainda que não tenha sido procurado em nenhum momento, o Poder Legislativo – que está em funcionamento desde o dia 06 de janeiro – permanece inteiramente à disposição para o diálogo institucional. Sublinha-se que, ao não abrir o Orçamento, o Prefeito Municipal compromete a renda de cinco mil servidores públicos, o que resulta em um sério prejuízo direto a cinco mil famílias que ficarão sem seus salários para suprir suas necessidades básicas, como alimentação, por exemplo. Além disso, ao inviabilizar o Orçamento, o Prefeito também compromete a execução de importantes serviços públicos como atendimento médico nas UBS’s, distribuição de medicamentos, alimentação escolar, transporte coletivo, coleta de lixo e outros serviços essenciais ao povo guarapuavano. Por fim, o Poder Legislativo renova sua vocação de pleno diálogo, afirmando que está à disposição para discutir o orçamento municipal com o Poder Executivo. 

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